Enquanto vou e não vou, preciso de ti.
Não sei se te amo ainda, mas preciso de ti. És-me real. O meu passado e o que resta de mim, a parte valiosa, és tu. O único que não cresceu com manias de grandeza. O que sabe para que servem as andas. O que me ensina a andar como quem sonha e a desfazer-me das caixas cheias de queixas de velha ressabiada. Que até me dá carradas de razão, quanto só pouca é possível ter. Tu, o meu amuleto de vida sorridente. Um amigo. Talvez o amor - talvez pois, com incertezas justas e divinas - que tenho por mim, em ventos imprevisíveis.
Não te partas ou te percas. Eu não te vendo. (Mas ambos sabemos, o voo é individual.)